quarta-feira, 5 de junho de 2013

XEQUE



                Sou esse do tabuleiro, a mão que joga. Peça, várias peças. A alternância de papeis é o ritmo contemporâneo . Um jogo! entre o preto e o branco, mudamos os planos e as estratégias, assim como nossos paramentos. Permanecer é algo que sempre se busca, a segurança de ser rei é algo ilusório no tempo,e é certo que o jogo acaba com sua partida. Segundo os bispos, partimos para novas batalhas e repare, que são de paz esses homens .
                Quanto mais segurança menos liberdade e vice versa. O sacrifício é fato, e essas máscaras nossa nova cruz. Xeque, e irá questionar a linha tênue de sua individualidade, até que ponto o movimento dos que vieram antes determinaram a sua pluralidade e inconstância. Criatura de sucesso, acorde, pois você bebe da fonte, e sua vitória tem um sentido de continuidade, assim como sua derrota. O cavalo é coroado com sua crina, feita para ondular no vento, escravo da sela. Escravos do jogo, até mesmo o rei coroado com sua majestade, é escravo de sua coroa, não passa de um peão na história. Mas, pobres artistas que deram a vida um sentido nobre, aliviando e despertando poucos escolhidos para novas dimensões, onde o tempo, não é um jogo ritualístico, com um único sentido, derrota e vitória.
                Depois de escolher o seu rival, olhe de cima suas frágeis possibilidades, e entenda esse caminho já pisado, onde suas marcas ficam em cima do branco e do preto e o importante é entender a fluidez de seus arquétipos. Criado no passado, o jogo é de hoje, não podemos chamar de nova a sua jogabilidade, mas é novo esse grupo, e as possibilidades do despertar aumentaram, e quem sabe os escolhidos acreditem em uma nova realidade mística.
texto e fotos:gabriel rufo 


 
foto André Luis Souza: Gabriel Rufo e Amyr Klink (o navegador esteve na exposição XEQUE))